Confesso que estou meio enferrujado para escrever e até mesmo para garimpar a internet atras de novas musicas... faz eras que não posto nada aqui e como por iniciativa do Gustavo resolvemos reativar esse blog resolvi postar um album de uma banda que também fazia muito tempo que não lançava nada.
La Futura é o decimo quinto álbum
do ZZ Top, depois de um hiato de 9 anos sem nenhum lançamento, este disco veio muito bom, com um retorno ao rock/blues que marcou os primeiros trabalhos do trio norte-americano.
Para esse trabalho eles chamaram o produtor Rick Rubin, que já produziu diversos estilos e lendas do Rock como Johnny Cash e agora também esta produzindo discos do Metallica, Slayer e Black Sabbath (esta agenda lotada foi um dos motivos do atraso do album).
Como já disse o album foca mais o estilo blues rock dos seus primeiros trabalhos mas com uma qualidade superior, também temos uma pitata de hard-rock (algumas musicas parecem ter sido compostas pelos irmãos Young). Enfim, um disco ótimo que qualquer fã de ZZ Top e rock'n'roll deve escutar
Por enquanto só vou postar o link via rapidshare mas assim que possivel coloco via torrent.
Como
definir um clássico? No mundo literário-acadêmico, uma das definições, é de uma
obra que continua gozando de prestígio e importância em gerações posteriores a
ela. Quando saiu em 2001, Toxicity se
tornaria o grande sucesso comercial do System
of a Down, e isso se reflete no fato do álbum ter chegado a figurar no
primeiro lugar da Billboard 200 em
Setembro do mesmo ano. Uma década depois, o álbum continua sendo escutado seja
por fãs da geração passada ou por uma moçada mais contemporânea. E mesmo com o
sucesso do quase duplo álbum Mesmerize e
Hypnotize, continua o grande expoente da banda.
Após
o excelente homônimo de 1998, Toxicity
mostrou ao mundo a que veio a banda, assim como catapultou sua fama em meio aos
milhares de bandas do gênero Nu Metal,
que era basicamente a moda que a indústria mais comercial tanto investia na
época. A própria Rolling Stones na
época comparou o estilo do vocalista Serge Tankian com o de Jonathan Davies do Korn, um dos grandes expoentes do
gênero, assim como fez comparações com Maynard James do Tool, banda mais voltada para o rock progressivo e que lançava seu
trabalho em momento próximo.
Entretanto,
o grande diferencial do Soad (sigla
usada pra se referir à banda) em relação aos demais artistas da época, se não
em termos de estilo, é o grande teor de engajamento político, presente em boa
parte de suas composições. Ademais, o fato dos membros serem de origem armênia
despertou maior interesse por parte da mídia, afinal de contas não era sempre
que se viam bandas com uma proposta e um background
tão interessante.
Logo
na primeira faixa, Prison Song, é
possível notar a tarefa da banda de criticar a sociedade e as políticas
públicas, começando pelo sistema penitenciário norte-americano e o grande
número de detentos. Baixo e bateria, além de um riff contagiante, são os
grandes destaques de uma música extremamente barulhenta e que deixa uma
tremenda vontade de bater cabeça, não importa onde esteja.
Em
seguida, vem Needles que continua a
pegada pesada deixada pela faixa anterior, além da excelente participação vocal
de Malakian se aproximando dos momentos finais da música. Deer Dance e Jet Pilot,
apesar de curtas ajudam a manter o ritmo alucinante do álbum. X, a quinta faixa,prepara o caminho para a primeira grande jóia do álbum, a famosa Chop Suey!, se consolida através de uma
letra marcante, a qual questiona a forma pejorativa como algumas pessoas são
citadas e julgadas mesmo depois de morrerem, principalmente aquelas que tiveram
problemas ou vícios.
Depois
dessa sexta faixa, percebe-se uma segunda parte mais progressiva e experimental
por parte da banda, com exceções de
Bounce, Shimmy e Psycho que
continuam o ritmo acelerado das primeiras faixas. Forest, outra jóia do álbum, mostra certa cadência que ainda sim,
não consegue fazer o ouvinte parar com a vontade de bater cabeça!
Atwa e
Science são também grandes destaques
dessa segunda parte, a primeira com uma belíssima utilização de arpejos que se
transformam em um poderoso refrão na voz de Tankian, enquanto que a segunda
demonstra o diferenciado estilo do Soad
com a participação do músico Avant Garde de
origem armênia, Arto Tunçboyacıyan que traz uma sonoridade única.
Outro enorme destaque é
Toxicity, cujo riff é realmente
memorável e como um todo acaba sendo uma das mais incríveis composições da
banda até os dias de hoje, além das letras que criticam o ambiente tóxico das
grandes cidades e que fica implícito na utilização de uma quase desarmonia
instrumental, refletida principalmente pelo baixo de Shavo, e que remete ao
caos que se observa no cotidiano das grandes cidades.
Por fim, a cereja do
bolo é definitivamente Aerials. Além
de uma pegada progressiva e bem alternativa, a canção consegue envolver o
ouvinte de forma única, unindo o peso das guitarras no refrão, com a sonoridade
reflexiva da ponte que liga os versos e um final com a reprodução de uma canção
tradicional religiosa armênia.
Kleber Cavalcante Gomes, conhecido também como Criolo, nasceu em Sampa em 1975 nas quebradas do Grajaú. O cara tem uma história de vida bem daora, mano. (foi mal me empolguei no dialeto suburbano paulistano). O cara fez até USP (como se contasse muita coisa. Essa é uma crítica para as pessoas que acham que a Universidade é quem traz conhecimento), porém o que ele canta não está nos livros. Uma curiosidade é que ele cursou o ensino superior em conjunto com sua mãe que após se formar abriu um café literário no Grajaú.
Criolo Doido como era antes conhecido lançou o seu primeiro álbum em 2006, chamado "Ainda há tempo" que tem uma pegada bem mais rap/hip hop mesmo. (ô loko, a cara vai postar rap em um blog de rock) Possuindo um estilo bruto e raivoso. Porém decidi postar o segundo álbum que é o "Nó na Orelha" que é de 2011 que tem outra vibe.
Esse hiato de 5 anos para lançar outro álbum se deu devido ao fato de o Criolo ter meio que desistido da música, porém ele precisava tirar esse nó na orelha (por isso o nome do álbum) e voltar a cantar.
Quando disse que esse trabalho tem uma pegada diferente, não estou zuando. A primeira música, "Bogotá", começa com barulhos bem tilelês (jogue no google) que remetem um pouco à música "Tropicália", além de ser um sample-homenagem ao Fela Kuti. Pode-se perceber a presença de banda mesmo; não apenas de samples e batidas.
A segunda música "subirusdoistiozin" já tem uma pegada mais rap que relata um pouco da dia a dia da quebrada e a ideia de subir a favela que muita gente não tem coragem.A terceira música "Não Existe Amor em SP" meio que virou o carro chefe desse álbum que relata como São Paulo pode ser fria (não no sentido de temperatura) e como as pessoas se importam em ter ao invés de viver, como se pode ver no trecho a seguir: "Os bares estão cheios de almas tão vazias, a ganância vibra, a vaidade excita". Sem contar que o clima que a música traz é de tristeza, um clima de bolero e um pouco de brega.
"Mariô" e "Freguês da Meia-Noite" são músicas encantadoras. A primeira inicia-se com uma homenagem a grandes artistas do Rap (como Sabotagem) e também a Chico Buarque, o grande expoente da MPB. Por falar em Chico Buarque, Criolo passou a ser mais conhecido fora da periferia por causa de uma releitura que ele fez da música "Cálice" de Chico (que inclusive tocou em um dos seus shows para mostrar que havia gostado da versão)
"Freguês da Meia-Noite" ganhou uma versão especial do Ney Matogrosso que ficou belíssima
A sexta música do álbum, "Grajauex" é na minha opinião é uma das melhores desse trabalho. É a que tem mais pegada de rap com batida e samplers sem contar que Criolo conta o dia a dia do Grajaú de uma maneira inusitada ao rimar tudo com "ex". A música seguinte "Samba Sambei" é um reggae bem calmo e sereno.
"Sucrilhos", a oitava música, é uma grande crítica social para as pessoas do asfalto que acham que conhecem a realidade do morro. Isso fica nítido logo no começo da música: "Calçada pra favela, avenida pra carro, céu para avião e pro morro descaso" mas nem chegam perto para saber de qual é. Essa é mais uma música que ele cita personalidades para dar um tom para música e exemplificar a sua mensagem como Cartola, Usain Bolt, Muhammad Ali. Além das figuras do rap como Rapin Hood e Facção Central o que mostra o quão dialógico Criolo é com todas as classes socias.A penúltima música do álbum "Lion Man" é outra com uma pegada de rap experimental e independente que o Criolo tanto defende, além de retratar a questão da drogas e o descaso de mortes que acontecem na quebrada.
A última música, "Linha de Frente" mostra uma analogia interessante de como seria se a turma da Mônica, do Maurício de Sousa, fosse do morro. Além de ser um samba muito bem cadenciado e bem estruturado. Além de escutar ao álbum, recomendo ir ao show dele que é sensacional. Quem quiser conhecer mais sobre criolo não-mais-tão Doido segue um texto interessante
Temos uma novidade! Você pode continuar baixando do jeito tradicional que vinha baixando ou pode baixar por torrent.
Rolam boatos por aí que esse blog vai voltar!
Isso é fantástico! Como eu e o Bruno tentamos voltar inúmeras vezes e as nossas rotinas sempre fazem com que a gente meio que abandone isso aqui.
Sabemos que blogs de música andam em decadência e que o torrent veio para facilitar a vida de todo mundo...
Porém, nós sempre queremos dar algo a mais para quem gostava desse lugar que é falar um pouco mais sobre música e debater sobre impressões e história sobre as bandas, além de procurar bootlegs e coisas interessantes para postar por aqui. Para que não ocorra o que nos aconteceu no passado, decidimos expandir a equipe stereo'n'roll de modo a nos facilitar em volume de postagens e diversificar no conteúdo também.
Sem mais delongas vamos aos nossos novos ilustríssimos parceiros.
Segue uma breve autobiografia do Lucas Bacas e do Vitor Borges respectivamente para que vocês possam um pouco do estilo deles e o que pode vir por aí.
Nascido em Brasília e influenciado pela chamada “capital do rock”, Lucas é entre outras coisas, historiador, entusiasta da música e principalmente fã de rock n roll, metal e recentemente outros estilos. Apesar da pouca influência vinda de casa, descobriu 15 anos atrás o rock, através de alguns amigos que tinham mais convivência com o mesmo. Aceitou o projeto de contribuir com o Stereo’n’roll, pela vontade de ajudar mais pessoas a conhecer o mundo do rock pesado/moderno, além de algumas análises de estilos mais alternativos.
Em 1994 nasci. De Brásilia e ainda estou aqui. Meu pai sempre ouvia o bom rock, principalmente Led Zeppelin e Jethro Tull, comigo do lado e sempre gostei. Logo ganhei um violão de um tio e me apaixonei pelo blues e o clássico rock'n'roll antecessores. Na escola surgiu também a paixão pela gastronomia (graças a cozinha do meu pai também) e pela música comtemporâneo que não tocava no rádio. Hoje faço faculdade de administração e trabalho de cozinheiro em um bar aqui na asa sul.
Ei ei ei, não pretendemos mudar o estilo do blog pois o bom e velho rock'n'roll sempre será o alvo principal do blog mas, agora, estou seguindo o blog do Gustavo e estou colocando mais um álbum"pop".
Eu resolvi colocar o segundo álbum da cantora britânica Adele que na ultima edição do Grammy faturou todos os premios que estava concorrendo, inclusive melhor musica e álbum. Eu sofri um pouco para conseguir esse álbum na net e ainda não consegui achar o primeiro disco dela "19" na integra (e estou com preguiça de baixar as musicas independentes).
Esse álbum leva o nome 21 por ser a idade da cantora durante o lançamento seguindo a ideia do seu primeiro disco, segundo a própria cantora ela estava na duvida de manter o estilo do nome por ser muito obvio mas acabou ficando esse mesmo pois afinal a ideia é boa. Esse disco tem algumas influencias diferentes do '19' como o country americano, mas em si o disco tem de tudo um pouco, e é claro a ótima voz da cantora britânica que na minha opinião (e de muitos outros), é espetacular; enfim é um ótimo disco e não recebeu esse monte de prêmios a toa.
Só por curiosidade, Adele foi a primeira artista, ainda viva, depois dos Beatles em 64 a ter a musica e o album numero 1 da Inglaterra.
Como disse o Gustavo no post anterior é difícil escrever um texto sem nenhuma referencia externo estou pegando uma pequena citação da wikipedia descrevendo cada musica:
"A primeira faixa do álbum, "Rolling in the Deep" foi co-escrita por Adele e Paul Epworth. A segunda faixa "Rumour Has It" é produzida pelo membro do OneRepublic, Ryan Tedder, e apresenta tambores. "Turning Tables", a terceira faixa do álbum foi produzido por Jim Abbiss descrita como uma balada ao piano, é co-escrito por Tedder. A quarta faixa "Don't You Remember", foi co-escrita por Dan Wilson e produzido por Rick Rubin e é descrito como uma balada com um estilo country. Para a quinta faixa, Adele trabalhou com o produtor Fraser T. Smith na pista "Set Fire to the Rain" e possui fortes influências pop. A sexta faixa "He Won't Go" lirismo características do estilo soulful com temas de R&B. A sétima faixa "Take It All" apresenta temas de música gospel e é acompanhada por um coro e piano. "I'll Be Waiting" é a oitava faixa e liricamente fala de reacender um amor perdido. A nona faixa "One and Only" tem temas de alma que caracteriza um desempenho poderoso vocal. "Lovesong", a décima faixa, é um cover de uma música do The Cure, que é seguida pela faixa final "Someone Like You". A faixa é uma balada de piano que fala nas letras de chegar a termos com um relacionamento fracassado."
Sim, é isso mesmo o que vocês estão vendo. É um post sobre a Lady GaGa. Ficamos novamente com um breve hiato de postagem, mas acreditem que tivemos nossos contratempos.
Antes de começar esse post, vou falar um pouco sobre o que anda acontecendo sobre esse projeto de lei autoral dos EUA que não passou no congresso chamado SOPA e como ele interfere mundialmente. De acordo com essa lei, eu e meu primo somos criminosos por disponibilizar links para downloads, pois as gravadoras deixam de lucrar rios de dinheiro com a pirataria, as bandas perdem dinheiro também? Sim, mas é irrisório perto do que as grandes gravadoras cobram para produzir e disponibilizar os álbuns. Ao divulgar um álbum na internet, estou prejudicando o/a artista? Na minha concepção, de maneira nenhuma! Estou mostrando para o público que atendo ou não o que me interessa e o que eu acho interessante de mostrar; logo estou divulgando o trabalho de algumas pessoas.
A questão da internet e a propriedade intelectual é algo complexo, principalmente por causa de textos, tirinhas e afins. Quantas pessoas já não viram seu trabalho plageado ou algo do gênero. Sou favorável ao Creative Commons, donde se compartilha a fonte de inspiração ou link do texto na íntegra. São poucas as pessoas que escrevem alguma coisa sem referência nenhuma. Não vejo a propriedade intelectual como algo ligado a algum direito de uso, mas sim como memória dessa pessoa. Do que ela pensa, como vivia e afins...
Isso remete a outra coisa, a questão do anonymous. Para quem não sabe, é um grupo de hackers que entram e derrubam sítios eletrônicos de grandes empresas, instituições. Acho interessante a atuação deles, mas acho muito pouco o que fazem. Invadir o sítio da Sony e disponibilizar a discografia do Pink Floyd gratuitamente é muito interessante, mas acho pequeno perto da questão global em que vivemos. Acredito que as mudanças não viram apenas da internet, mas sim das ruas. Caso anonymous mude o sistema, ele será bom? Pode ser que sim ou que não. Mas acho que esse movimento em conjunto com as occupys que estão acontecendo pelo mundo são importantes, mas pecam em não conseguir trazer as classes mais baixas. Não estou desvalorizando a ação da classe média, toda a ajuda para a mudança desse mundo caótica é muito mais do que bem-vinda.
Voltando a questão da música Pop.
Por que Lady GaGa? O Pop vem dando uma guinada diferente nos últimos anos e tem abordado características e pessoas da sociedade há muito tempo marginalizadas. Claro que o pop é o pop e tem toda a sua veia comercial, ou seja músicas com pegadas eletrônicas, refrões chicletes, letras não muito grandes e complexas. Isso me faz refletir, a música pop tem intenção de atingir qualquer pessoa, seja ela pós-graduada ou a simples secretária do lar. Não estou dizendo que pessoas com baixo nível "intelectual" (coloco entre aspas, pois a intelectualidade é um conceito criado por nós intelectuais. Quem diz que o conhecimento de um pedreiro é inferior ao nosso? Quem diz que estar no Ensino Superior é realmente um sinal de superioridade?) não sejam capazes de apreciar um Mozart ou Chopin, pois se a indústria cultural e fonográfica tivesse interesse, esses artistas poderiam ser conhecidos popularmente. Claro que gosto musical existe, mas até que ponto ele pode ser influenciável?
Voltando a nova guinada do Pop, estamos vendo principalmente nas cantoras pop uma guinada e fuga do padrão de cantar e sobre o que cantar. Está acontecendo um constante empoderamento das mulheres na música pop, donde por ano surgem mais de três grandes talentos pop femininos. As mulheres estão indo de frente com a sociedade e estão querendo cada vez mais o espaço que lhes é de direito; como o caso da Bayoncé com um altamente feminista mesmo com os padrões comerciais embutidos nele. No clipe abaixo.
Outra grande guinada é sobre a sexualidade feminina que passou a entrar na temática musical, onde as mulheres passam a cantar sobre suas experiências não só amorosas, como sexuais e também com outras mulheres. Aquele mito que a mulher tem que esperar o cara certo, que a mulher que fica com várias pessoas é uma vagabunda não está caindo, mas pode estar começando a ser desconstruído. Quem demonstra um pouco isso é a Katy Perry com a música "I Kissed a Girl", veja o clipe e a música abaixo.
Na música ela fala assim "Eu nem mesmo sei seu nome, mas isso não importa, você faz parte do meu jogo experimental, apenas natureza humana" (tradução livre minha). Que aborda claramente a libertação e experimentação das mulheres e depois continua "Isso não é o que garotas boas fazem, como não devemos nos comportar" e depois fala que a Sociedade recrimina as mulheres que atuam assim. Outra parte diz: "Pareceu tão errado, pareceu tão certo, isso não significa que estou apaixonada essa noite". Vale lembrar que essa música retrata uma mulher ficando com outra.
Além das mulheres, nerds/geeks também estão ganhando espaço na cena mainstream cultura; vale lembrar que existem mulheres nerds/geeks por aí também. E cada vez menos, o estereótipo do nerd se assemelha com aquela imagem padrão de nerd. Pessoas com óculos fundo de garrafa, suéter, calça bege ou saia longa, cabelos desgrenhados e afins. Existem geeks de todos os tamanhos, idades, raças, credos e com isso o mercado fonográfico soube atingir e representar esse grupo, principalmente com os grupos LMFAO e 3OH!3.
"Sexy e eu sei disso" que é o nome dessa canção, tenta quebrar com o padrão estético estabelecido pela sociedade em que vivemos dos homens sarados. porém, o clipe aborda apenas a questão do padrão estético masculino e não aborda a questão feminina; talvez o fato de não ter uma mulher no grupo contribua para isso.
Enfim, indo para o post em si, mesmo sabendo que tudo que veio antes faz parte do post. Por que não postei um álbum original da Lady GaGa? Por que quis inserir na prática o debate da propriedade intelectual e apropriação de algo cultural. Pois é inegável que as músicas são da Lady GaGa, porém com outra roupagem e por isso acaba se tornando outra música. Escolhi esse álbum também, pois além de conter as músicas da GaGa possuem um estilo bem mais balada.
Quem é Lady GaGa?
Stefani Joanne Angelina Germanotta, sim esse é nome da Lady GaGa que nasceu na Cidade de Nova Iorque em 86. Seu primeiro álbum foi o Fame em 2008 com os sucessos "Poker Face" e "Just Dance". No ano seguinte, ela lanço The Fame Monster com os sucessos "Alejandro"; "Telephone" e "Bad Romance". Em 2011, ela lançou o álbum "Born This Way" que possui a música homônina. Com esses álbuns, ela criou a uma turnê chamada "The Fame Ball Tour" que mostra a história de uma artista e o monstro da fama. A turnê que acompanhou o Born This Way é a "Monster Ball Tour", onde a fama não é o único inimigo.
Lady GaGa não é conhecida apenas por sua música, mas também pelas suas roupas; assim como a roupa de carne que usou numa entrega de prêmio. Suas roupas são desenhas e cradas por ela e sua equipe. E retratam muitas coisas, de sua vida; anseios, pensamentos e afins.
Falar de GaGa e não citar a comunidade que a idolatra, que é a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Transgêneros e Travesti; sempre confundo a ordem dos Ts, peço perdão caso esteja errado) não é fazer jus a atuação política que ela tem perante essa grande parcela da sociedade que está cada vez mais mostrando sua cara e buscando seus direitos, pois cenvenhamos que "Direitos humanos, para humanos direitos" já nasceu fadada ao fracasso ao marginalizar grande parte da população mundial. E uma música que pode ser encarada como um hino da comunidade LGBT é "Born This Way". Não sinto necessidade de comentar acerca desse texto, pois uma grande amiga minha já publicou um excelente texto sobre essa música. Leia-o na íntegra: "Born This way: Por que não falar de pop?"
Um post sobre Lady GaGa requer muitas coisas para serem ditas, se eu for postar mais alguma coisa dela no futuro comento mais coisas. Não preciso exaurir a temática.
O álbum de remix possui pessoas conhecidas do público em geral, como: Pet Shop Boys e Marilyn Manson e foi lançado em 2010 contendo 17 músicas. Alguns dos remixs foram utilizados por GaGa durante suas turnês.
Eu queria ter postado esse album antes mas fiquei um periodo sem net aqui em casa e somente agora retornou.
Ganhei esse disco no natal e foi bem interessante escuta-lo. Engenheiros é minha banda nacional favorita e apesar já conhecer todas as musicas do disco, não conhecia esse e algumas musicas estão bem diferentes das versões que eu conhecia.
Bom, para começar o disco foi lançado em 1988 e é o terceiro da banda; ele pode ser considerado uma continuação do album anterior "Revolta de Dandis" pois segue o mesmo estilo. Os grandes sucessos do album foram , além da musica titulo, "Cidade em chamas", "a verdade a ver navios" e uma das minhas favoritas, "somos quem podemos ser".
Uma das primeiras coisas que reparei ao pegar o disco foi relembrar que os Engenheiros já foram um power trio, coisa que devido as formações dos últimos albuns que são bem mais complexas; temos Humberto Gessinger na voz, baixo e guitarra, Augusto Licks na guitarra, violão e piano e Carlos Maltz na bateria; essa formação "power trio" fica em evidente em algumas musicas, como em "sob o tapete" onde temos o baixo marcante como em outras bandas do genero. O disco é muito bom, com doses de pop mas principalmente voltado ao rock progressivo e é claro, com as ótimas letras da banda. Ainda podemos citar algumas referencias ao Pink Floyd, mais precisamente a Roger Waters, na musica "tribos e tribunais".
A turne deste album continuou com o sucesso da turne anterior lotando shows em diversos lugares do brasil e do exterior... sim, bizarramente, a banda fez vários shows em países da extinta União sovietica e até ganharam um bom dinheiro com isso e que infelizmente não valia nada fora de lá...
Para quem gosta de engenheiros ou para quem só conhece a sua fase "acústica" o disco é uma ótima pedida.
Como todos já sabem, ontem o megaupload saiu do ar e levando com ele milhares de arquivos entre eles diversos do nosso blog, eu e o Gustavo vamos continuar a usar o rapidshare e mais algum serviço até encontrarmos algum que nos agrade para recolocarmos os arquivos perdidos online de novo.
Já é de se notar, que o Brasil entrou de vez para a rota das grandes bandas internacionais. Sem contar, dos grandes festivais como o Rock in Rio. Isso mostra que países em desenvolvimento e do terceiro mundo com economias mais estáveis passam a ter uma possibilidade maior de acumulação de capital e passam a ter uma maior inserção em outros países. Isso é nítido principalmente agora com as crises dos grandes centros de desenvolvimento do mundo. O enfoque passa a ser cada vez mais e mais nos países do Terceiro Mundo. Isso se pode perceber na música também. Faço esse comentário inicial, pois todas e todos devem saber que no começo de 2012, mais especificamente no final de Março, terá em três locais do Brasil a turnê do The Wall do Roger Waters em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, decidi postá-lo...
Primeiro algumas curiosidades sobre esse álbum/show/filme. Waters no filme do The Wall conta nos extras de como surgiu a ideia do álbum e do show. Waters conta que estava tocando com o Pink Floyd num local e tinha uma pessoa na plateia que estava muito aborrecida e isso o desconcertou. Daí, o mesmo desceu do palco e deu tapa na cara dele. Daí, ele teve um estalo repentino de fazer um show com uma parede entre ele e o público para que não houvesse essa relação. Até que ponto essa história é verdadeira não posso confirmar, mas se levando em conta de como o Waters é arrogante, pedante e ególatra; isso é bem possível.
Outra curiosidade, é de que ofereceram mais de 3 milhões de dólares na década de 80 para que o Pink Floyd tocasse em um estádio em Los Angeles o show do The Wall, porém Waters teria recusado por que a acústica de estádios são ruins e isso poderia atrapalhar a sua obra. Tudo bem, o artista tem que privilegiar a sua obra ao máximo, mas por que agora, o álbum está em turnê em estádios? Ou por que voltar com o The Wall agora? Basta clicar no link anterior para ver o motivo escrito pelo próprio Waters em inglês. Mas vou fazer uma tradução livre de minha parte do que ele disse em seu sítio eletrônico.
"Eu, recentemente, me deparei com uma citação minha de 22 anos atrás: 'O que eu vejo é isso: Servirá a tecnologia de comunicação de nossa cultura para nos iluminar e nos ajudara compreender um e outro melhor; ou nos distanciará e nos enganará?'
Eu acredito que essa é uma questão relevante e o júri está fora. Tem muito comercial na internet e muita propaganda, mas eu tenho um senso que apenas abaixo da superfície do compreensível está ganhando chão. Nós apenas temos que continuar blogando, twittando, comunicando, compartilhando ideias.
30 anos atrás quando escrevi o The Wall eu era um jovem assustado, não tão jovem assim, pois tinha 36 anos.
Me levou muitos anos para superar os meus medos. De qualquer maneira, durante esses anos ocorreu-me de que talvez a história do meu medo e perda com sua concomitante e inevitável resíduo de ridículo, vergonha e punição; fornece uma alegoria para mais amplas preocupações, Nacionalismos, Racismo, Sexismo, Religião. Ou seja. Todas essas questões, e ismos são dirigidos pelo mesmo medo que conduziu a minha vida.
Essa nova produção do The Wall é uma tentativa de fazer algumas comparações, iluminar alguns predicamentos atuais e é dedicado a todas as perdas inocentes ao longo dos anos.
Em alguns lugares, salas de aula, existe uma visão cínica de que os seres humanos não são capazes de ser mais humanos, generosas, amorosas, mais cooperativas, mais simpático com relacionamentos com outras pessoas.
Eu discordo.
Na minha visão, é muito cedo em nossa história para chegar a essa conclusão, nós somos depois de tudo uma espécie muito nova. Eu acredito que temos, ao menos, a chance de aspirar para algo muito melhor do que o ritual de cobra-come-cobra. Essa é a nossa resposta atual para o nosso institucionalizado medo de cada um.Eu sinto que é a minha responsabilidade enquanto artista de expressar, embora guardado, meu otimismo e encorajar pessoas a fazer o mesmo. Citando um grande homem: 'Você pode dizer que sou um sonhador, mas eu não sou o único'(John Lennon- Imagine)"
Com esse relato pessoal de Waters, podemos ver que o motivo da volta em turnê desse grande álbum não é apenas mercadológico, mas também para manter viva a chama de mudança que o mundo vem passando, seja através da Primavera Árabe a Ocuppy WallStreet.
Entrando na questão do álbum, foi gravado em 1979. É um álbum duplo que conta a história de Pink Floyd (sim, o nome da personagem é o nome da banda) que é um artista frustado que perdeu o pai na guerra, teve uma mãe super zelosa até demais eu diria, teve um professor deveras opressor, sua mulher o traiu e o deixou. Após isso tudo, ele cria um muro entre ele e o mundo e passa a ser um ditador tirânico que persegue judeus, negros, homossexuais.
É impressionante, como Waters consegue ligar fatos da vida dele ou da do Syd Barret (pois não se sabe ao certo sobre quem mais tem a ver a história), pois o pai dele morreu na guerra e outras histórias por qual Pink passou com os fatos atuais, como o Nazismo e o muro de Berlim e bipolaridade mundial entre Capitalismo e Socialismo. mesmo sendo um álbum de música dá para ver a complexidade da personagem crescendo nas músicas, mas confesso que assistir ao DvD do show em Berlin em 90 e ao filme ajuda muito mais a compreender a estética das músicas, pois poucas e poucos foram acostumados a interpretar a música pela música e precisam de outros veículos sensoriais para facilitar o entendimento.
Algumas outras curiosidades do álbum: as crianças que fazem o coro na música Another Brick in the Wall part 2 não receberam dinheiro, cada uma recebeu uma cópia do álbum assim que foi lançado. Rick Whright (falecido recentemente) que era o tecladista da banda na época havia se desentendido com a banda e havia saído; porém ele foi contratado para a turnê do show e foi o membro da banda que mais lucrou com a turnê, pois o show é deveras caro e naquela época a estrutura era pouca e ruim e ainda mais cara.
Sinto que devo uma explicação do por que não postei esse álbum tão especial dessa banda. Apesar de ser totalmente favorável a ideia de se baixar música e democratizar ao máximo o acesso à cultura, eu gosto de comprar CDs; gosto de pegar os encartes e ficar lendo e admirando a arte gráfica e afins. E todos os álbuns que baixei da internet continham alguns erros. por isso, esperei até conseguir comprar o álbum o que aconteceu na minha ida ao Uruguai, donde os CDs são mais baratos devido aos baixos impostos e comprei esse álbum por equivalente a 30 reais o que custa uns 80 aqui no Brasil. Só agora, que tive tempo de postar esse álbum.
Enfim, tem muita coisa que pode ser dita sobre esse álbum, mas acho melhor dar lugar ao próprio e deixar que vocês possam escutá-lo inteiro e na íntegra.
É com grande alegria que volto a postar nesse blog!!! Fazia mais de um ano que não postava algo... Depois do show do Eric Clapton, o Bruno e eu decidimos voltar a atualizar esse blog com uma frequência que seria de acordo com o nosso ritmo e o andar dos semestres... heheheh Enfim, "Eu voltei, agora para ficar"... Ia voltar, com um outro post, mas por motivos de força maior tive que escolher outro post para essa volta. Então, escolhi Seu Jorge, pois é um cantor que muito adimiro pela sua voz, interpretação e emoção que traz aos seus shows. Sem contar, que a escolhi está envolvida com inúmeros fatores pessoais também, pois- recentemente- fui ao show dele em Brasília com pessoas que muito gosto e foi um momento sensacional e outro grande motivo da escolha desse álbum, é questão do Brasil pertecente à América não só como um todo. Mas principalmente, a América Latina. Quando fui ao Uruguai esse ano, tive a oportunidade de conhecer muitas culturas diferentes e percebi o quão distantes somos, pois pouco da cultura da América Latina chega ao Brasil, mas as pessoas sempre conheciam o nosso hit. Seja uma música sertaneja atual desde os clássicos, como: Caetano, Tribalhistas e afins... Justificativas a parte, esse álbum é a gravação do show da turnê do álbum América Brasil que aconteceu no Rio de Janeiro em 2009. contém os maiores sucessos da grande carreira do Seu Jorge, como: São Gonça, Carolina, Tive Razão; entre outras. Além de contar com os sucessos instantâneos do álbum recém lançado, como: Mina do Condomínio, Burguesinha, entre outras. Esse show possui um palco bem excêntrico, pois entra bem no clima do disco da turnê. Seu Jorge canta de terno no meio de uma floresta montada para o show. Sem contar que o resto da banda está com diferentes indumentárias, tem gente vestida de índio, padre, chef de cozinha, carteiro. Além disso, esse show teve a estreia da inédita canção Pessoal Particular. No álbum, a versão que ele contém é a versão de estúdio mesmo. O DvD do show possui a versão ao vivo e contém uma música a mais. Para que vocês possam ver a versão ao vivo e o palco, segue o vídeo da apresentação dessa música no DvD